sexta-feira, 22 de julho de 2011

4x Full-HD: Brasil faz testes de vídeo em 4K


O CPqD divulgou que seu laboratório de TV digital fez duas transmissões bem-sucedidas de vídeos em superalta definição (4K), baseados na compressão de cinema digital JPEG 2000. Uma das transmissões fez parte do evento de inauguração da nova capacidade da Rede Ipê, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), realizado em Brasília, no último dia 13, quarta-feira. A outra transmissão, no final de junho, foi feita para a Universidade de Essex, no Reino Unido, parceira do CPqD para experimentos envolvendo a transmissão de vídeos de altíssima resolução (4K, 4K 3D e 8K) para os Jogos Olímpicos de 2012 e a Copa do Mundo de 2014.

Com o JPEG 2000, é possível transmitir imagens de 4096 pixels horizontais por 2160 verticais, o que dá um total de 8,8 milhões de pixels por quadro (frame). Trata-se de uma resolução quatro vezes maior do que a Full-HD, com seus 2 milhões de pixels por frame (1.080 por 1.920).

A transmissão de imagens em 4K demanda uma banda de até 2GB/segundo, exigindo conexões dedicadas de fibra óptica da ordem de 10 Gbits por segundo. Atualmente, essa largura de banda só está disponível em redes experimentais de instituições acadêmicas e de pesquisa e desenvolvimento – como a do Projeto Rede Experimental de Alta Velocidade (GIGA), coordenado pelo CPqD em parceria com a RNP.

Durante a cerimônia de inauguração da nova Rede Ipê, realizada na Biblioteca Nacional, as imagens de um jogo de futebol gravado em 4K foram transmitidas do laboratório de TV digital do CPqD, em Campinas, para Brasília, por meio de enlaces de 10 Gbps. Para isso, percorreram um caminho que começou na Rede GIGA, passou pelo backbone da RNP e chegou à Rede Comep (rede metropolitana de alta velocidade), em Brasília, à qual a Biblioteca Nacional está interligada.

Já a transmissão de vídeos 4K para a Universidade de Essex, também por meio de enlaces de 10 Gbps, percorreu um caminho mais longo: saiu do laboratório do CPqD, via Rede GIGA, chegou ao backbone da RNP em São Paulo e, então, ao SouthernLight (SoL), ponto de acesso ao GLIF - Global Lambda Integrated Facility, uma infraestrutura de rede de cobertura global - formada a partir de consórcio internacional entre redes experimentais e redes de ensino e pesquisa do mundo todo. Por intermédio do GLIF, as imagens de altíssima resolução passaram pelos Estados Unidos (Miami e Chicago) e chegaram à Universidade de Essex, no continente europeu.

Fonte: Tela Viva

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