quarta-feira, 27 de julho de 2011

STF Troca rede ATM por Infovia IP

O Supremo Tribunal Federal implementou uma nova estrutura de rede IP, além de promover upgrades em sua rede já montada, para ampliar a qualidade do tráfego e suportar aplicações de dados, voz e vídeo em uma mesma estrutura.
A reformulação, que aumentou a velocidade do tráfego na rede em dez vezes tanto para os funcionários do STF quanto para o público externo, foi baseada na plataforma de comutação da Extreme Networks, infovia que interconecta, por meio de fibra óptica, os três prédios do tribunal, em Brasília.
O total de pontos ativos é de aproximadamente três mil, somando-se um contingente de 2,5 mil usuários (um por máquina) e cerca de 500 pontos específicos para impressoras.
A infraestrutura abriga também os sites da TV Justiça e do Conselho Nacional de Justiça.
“Entre as múltiplas aplicações da rede, destacam-se o acesso rápido à Internet e à Intranet, serviços de correio eletrônico, mensageria, transferência de arquivos, sessões de vídeo e de videoconferência”, afirma
Flávio Amorim, coordenador de Tecnologia do Supremo. “A retaguarda de comunicação também viabiliza o acesso aos sistemas administrativos - RH, folha de pagamentos, etc - e judiciais - petições, tramitação de processos, entre outros”, acrescenta.
Em um único mês, segundo ele, o STF mediu a passagem de acesso representando 1,4 milhão de visitas ao site principal, com o número de page views batendo em 9,135 milhões.
Já no site da TV Justiça, no mesmo período foram registrados 172 mil visitas e 520 mil page views.
“Esse leque de aplicações, portanto, depende criticamente da infra-estrutura de TI e de telecom existente para funcionar”, destaca Amorim. “Se a operação da rede for interrompida, nós efetivamente paramos. É pior do que ficar sem telefone”, afirma.
Informatização processual
Além disso, o backbone ganha mais importância pelo fato de o STF estar passando por um momento de informatização dos processos judiciais, com a eliminação dos documentos em papel.
“O encaminhamento das petições se dá cada vez mais via Internet, com o emprego da certificação digital”, acrescenta o coordenador de TI.
Histórico de evoluções
Para apoiar este processo, a antiga infraestrutura precisou ser completamente trocada, conta Amorim.
O STF utilizava, até 2002, uma infovia ATM, com redes Ethernet que suportavam velocidade de 10 Mbps nas bordas.
“Havia gargalos no tráfego, prejudicando diretamente o bom desempenho das atividades do Supremo”, lembra ele.
Em 2003, o tribunal optou pelo aluguel de novos equipamentos, projeto cuja licitação foi vencida pela Extreme Networks. Já o trabalho de integração ficou a cargo da Siemens.
A partir do core Gigabit, as pontas da rede foram municiadas com a tecnologia Fast Ethernet, oferecendo velocidade de 100 Mbps.
“Uma vez concluída a implantação e em decorrência dos recursos mais avançados, houve uma melhora sensível na performance”, observa o coordenador.
Já em 2005, o STF fez um novo upgrade no parque instalado, desta vez optando por adquirir os equipamentos, os quais após processo licitatório também foram fornecidos pela Extreme Networks, com serviços de integração da Damovo.
Segundo o coordenador de TI do órgão federal, a iniciativa de compra se deveu à uma redução de custos das soluções Gigabit Ethernet.
Nesta época, foram adquiridos dois switches de core Black Diamond 8810 e um lote de 80 switches de acesso Summit 200 (22 unidades com 24 portas e 58 unidades com 48 portas).
Porém, diante da necessidade de possuir uma rede “full mesch” e de expandir a malha de fibras ópticas para outros pontos dos três prédios do Supremo e facilitar a administração da infraestrutura, a equipe interna levou a cabo uma nova implementação entre o fim de 2007 e o início de 2008.
Economia com o cabeamento
Foram, então, instalados oito switches de distribuição da Extreme Networks, do modelo Summit 450, agilizando a passagem das fibras entre os andares.
Outra etapa foi concluída no final de 2008: o tribunal trocou todo o parque de switches de borda, substituindo os equipamentos Summit 200 pelo modelo Summit 250, do qual há hoje um total de 100 unidades (a maioria de 48 portas).
Os novos ativos vieram com a tecnologia Power over Ethernet, que otimiza o uso da eletricidade para implantação de dispositivos VoIP e wireless.
Em um processo de migração gradual, a tecnologia VoIP, por sinal, tem substituido a operação da telefonia tradicional no STF.
“Sempre que houver expansão das aplicações de voz, vamos migrar para Voz sobre IP, que oferece um custo menor”, revela Amorim.
Para ele, outros benefícios trazidos por todo o processo de evolução da infra de TI do Supremo são a robustez e a confiabilidade garantidas à rede.
“A rede está com funcionamento estável, sem apresentar problemas. As paradas que ocorrem são agendadas, feitas apenas para manutenção”, ressalta o coordenador.
Segundo ele, a gestão geral da estrutura foi otimizada com a adoção do EPICenter, ferramenta de monitoração utilizada para a gestão dos equipamentos da Extreme Networks.
“A partir de uma única tela, podemos visualizar toda a rede, detectando eventos como falhas em links ou não utilização de portas”

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